Por Fernanda Paixão
Podendo ser comparado ao hip hop americano pela apologia a carros, roupas e grifes famosas em geral com forte presença de letras sobre sexo, o funk ostentação surgiu em São Paulo por volta de 2008. Com a pouca divulgação sobre a história do gênero, Konrad Dantas e Renato Barreiros se uniram para dirigir o documentário “Funk Ostentação – O Filme”. Segundo Renato, este é o maior fenômeno de massa da cultura brasileira atualmente.
Foram três meses de gravação do média-metragem de cerca de 36 minutos. Lançado no dia 12 de novembro no Youtube, o documentário veio com a expectativa de disseminar o estilo musical para a mídia, como aconteceu com o sertanejo universitário, e promover os MCs, que contam apenas com divulgação e apresentações ao vivo, muitas vezes descartando gravação em estúdio.
Não podendo ser consumido em forma de CDs, download ou nas rádios, o funk ostentação utiliza poucos recursos – como clipes postados no YouTube, por exemplo -, mas alcança um grande público. Um show de um MC em alta pode lotar o ambiente com um público de 1.000 pessoas, e às vezes se desdobram entre 5 apresentações em uma mesma noite.
Primeiro estilo de funk criado fora dos limites do Rio de Janeiro, o funk ostentação veio como o ritmo que do contrário de outros como o proibidão, tem a riqueza como foco central de suas letras. Com isso, comumente essas músicas exaltam marcas como Honda, Nike, Chandon e Rolex – mas nem por isso os diretores do documentário tiveram sucesso ao solicitar patrocínio a qualquer uma delas.
Veja abaixo o documentário “Funk Ostentação – O Filme”:
* Com informações de Ig
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