Por Fernanda Paixão
Nessa sexta, 26 de outubro, um dos grandes da música brasileira comemora seus 70 anos: Milton Nascimento. Cantor e compositor, Milton representa e sempre representou com maestria a cultura brasileira, levando às canções suas raízes mineiras e até mesmo dedicando um de seus álbuns a um povoado indígena, o Yuaretê.
Reconhecido mundialmente, o artista é bastante reservado, a ponto de preferir um livro a se ver na televisão, e só tira seus óculos para registro fotográfico. Para tocar em assuntos pessoais, somente através de seu trabalho, pois em muitas de suas músicas Milton retrata passagens reais de sua vida. Mas quem já teve a oportunidade de conhecê-lo é encantado por sua simpatia.
Suas parcerias musicais também são notáveis, passando pelo grupo de jazz Weather Report e Duran Duran. Quando menino, Milton conheceu o compositor e pianista Wagner Tiso, com quem tocava em bailes com o grupo W’s Boys, e, nessa época, fez sua primeira canção, “Barulho de Trem”, que ficou mais de 35 anos intacta por achar que não era tão boa (ele tinha uns 15 anos quando a escreveu). A formação do grupo Clube da Esquina foi outro marco, uma memorável união de trabalho musical de Lô e Márcio Borges, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini. Alguns de seus parceiros já regravaram músicas de sua autoria, como Peter Gabriel, Elis Regina, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Foi premiado em 1998 com o Grammy Melhor Álbum de World Music e nomeado para o prêmio em 1991 e 1995. Adotado por uma família rica de Minas Gerais, Milton Nascimento faz sucesso no mundo inteiro, continua usando a música como seu “canal de comunicação mais importante”, nas palavras dele, e carrega 50 anos de uma carreira que tem é história pra contar, arrebatando muita gente nessa caminhada com sua inegável habilidade poética.
Um de seus fãs era, inclusive, Ayrton Senna, que declarou ser “Canção da América”, de 1980, sua música preferida:
Sua presença cativante pode ser conferida em apresentações recentes, como esta, no início do ano em Brasília:
Particularmente não gosto do Milton. Mas bacana relembrar alguém tão importante na música brasileira. Parabéns pelo texto, abraços.
o mestre dos mestre, o mago da mpb, o melhor cantor do mundo de todos os tempos.
viva milton viva minas